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domingo, 25 de novembro de 2012

A DOR DE MENINO



E o menino partiu
No silêncio profundo
Afastou-se, sumiu!
Desapareceu no mundo

Levou com ele a dor
Sem cor e sem sabor
Mas com puro ardor
Do seu grande amor

Na fuga reabilitar
A perda que marcou
Um coração em mágoas
E o sonho que apagou

Não adianta ofertar
Suplicar ou disfarçar
Quando se tenta criar
A repulsa do odiar

E por isso o menino
Seguiu seu caminho
Pelo asfalto duro
A procura de carinho

E a cada cidadezinha
A beira do asfalto duro
O menino espera encontrar
Um amor que seja maduro

Mas por enquanto
O menino ainda caminha
Seguido pelo pranto
Sobre a contínua linha

Passou a andarilho
No acostamento abandonado
Por um coração de brilhos
Que o deixou perturbado

E assim seguirá
Maltrapilho e cansado
Até que encontre alguém
Que apague seu passado

E lhe dê novo amor
Verdadeiro e de paixão
Pra que volte a sentir
O pulsar do seu coração       

         Alexandre Taissum


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2 comentários:

  1. Quantos meninos assim, abandonados pelos caminhos da vida, andam a vagar em busca de algo que os confortem. Os corações estão vazios, as pessoas cada vez mais isoladas em seus mundos. E o calor humano está cada vez mais escasso. Às vezes, não é o amor de paixão que o jovenzinho precisa, mas o acalanto para o coração adormecer em paz.

    Amei o poema, Alexandre Taissum! Parabéns!

    Abraços!

    Sonia Salim

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    Respostas

    1. Está falando de mim ou do personagem? rsrs.
      Sabe? Se eu fosse ele aceitaria urgente o acalento, assim, não precisaria vagar em busca de conforto, não teria o coração vazio e não me isolaria por conta da escassez de calor humano, como parece padecer este personagem...
      Obrigado por comentar. Quem sabe o menininho lê e muda o seu trajeto?
      Beijão pra você, Madrinha Sonia!

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