E o
menino partiu
No
silêncio profundo
Afastou-se,
sumiu!
Desapareceu
no mundo
Levou
com ele a dor
Sem
cor e sem sabor
Mas
com puro ardor
Do
seu grande amor
Na
fuga reabilitar
A
perda que marcou
Um
coração em mágoas
E o
sonho que apagou
Não
adianta ofertar
Suplicar
ou disfarçar
Quando
se tenta criar
A
repulsa do odiar
E
por isso o menino
Seguiu
seu caminho
Pelo
asfalto duro
A
procura de carinho
E a
cada cidadezinha
A
beira do asfalto duro
O
menino espera encontrar
Um
amor que seja maduro
Mas
por enquanto
O
menino ainda caminha
Seguido
pelo pranto
Sobre
a contínua linha
Passou
a andarilho
No
acostamento abandonado
Por
um coração de brilhos
Que
o deixou perturbado
E
assim seguirá
Maltrapilho
e cansado
Até
que encontre alguém
Que
apague seu passado
E
lhe dê novo amor
Verdadeiro
e de paixão
Pra
que volte a sentir
O
pulsar do seu coração
Alexandre
Taissum
.
Quantos meninos assim, abandonados pelos caminhos da vida, andam a vagar em busca de algo que os confortem. Os corações estão vazios, as pessoas cada vez mais isoladas em seus mundos. E o calor humano está cada vez mais escasso. Às vezes, não é o amor de paixão que o jovenzinho precisa, mas o acalanto para o coração adormecer em paz.
ResponderExcluirAmei o poema, Alexandre Taissum! Parabéns!
Abraços!
Sonia Salim
ExcluirEstá falando de mim ou do personagem? rsrs.
Sabe? Se eu fosse ele aceitaria urgente o acalento, assim, não precisaria vagar em busca de conforto, não teria o coração vazio e não me isolaria por conta da escassez de calor humano, como parece padecer este personagem...
Obrigado por comentar. Quem sabe o menininho lê e muda o seu trajeto?
Beijão pra você, Madrinha Sonia!