Leiam, reflitam, sonhem, viajem e comentem... Os comentários são importantes para sabermos suas opiniões.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

OLHOS OBSCENOS



Olhos acesos
Verdes obscenos
Olham serenos
O corpo moreno
A desfilar
Postura sem par
Que quer registrar
Passagem feliz
Como matriz
De uma peça
Que sem pressa
Vem encantar...

Do outro lado
Da janela aberta
Um corpo moreno
Desfila feliz
Para quem quis
Somente observar
E até tocar
Com os olhos
De olhar sereno
De verdes obscenos
Pra satisfazer
O desejo de olhar...

                  Alexandre Taissum


.

2 comentários:

  1. Linda a poesia e penso que é comum transferirmos os sentimentos censurados para a outra pessoa, assim, obscenos não seriam os olhos verdes, mas quem os vê. Um abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, Cristina...
      Obscenos podem também ser os olhos do próprio corpo moreno que a tudo vê e desfila para ser visto e cobiçado pelos olhos verdes e acesos.
      Acho que é uma troca de visões e no poema, recai sobre os olhos verdes a culpa pela procura da obscenidade visual.
      Obrigado pelo oportuno comentário.
      Beijão!

      Excluir