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terça-feira, 8 de maio de 2012

EXPLORADOR SOLITÁRIO - PARTE II



Num fim de tarde perfeito,
Quando um impetuoso vento
Agitava os mais altos ramos
Do meu pensamento,
Minha mente, impregnada
Daqueles dias tempestuosos,
Voava alto e atingia
Picos longínquos.

E era já a tarde e ali estava eu, só,
Contemplando o horizonte tingido de violeta,
Já as nuvens tinham desaparecido de todo
E o céu era agora de um azul escuro profundo.

E eu vi quando brilharam os primeiros relâmpagos
E eu ouvi quando soaram os primeiros trovões.
Eu já os aguardava, em vigília inviolável,
Quando então tomaram conta do céu,
Com seu espetáculo de luzes e cores e sons...

Em meu íntimo fez-se silêncio e,
Reverente, a poesia voltou às origens. 

                                        Sheila Camargo


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3 comentários:

  1. Muito Obrigada, Sônia, seu apoio e sua opinião nos é de extremo valor.

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  2. A contemplação da natureza, da vida, do cotidiano, saber ver e enxergar... sim, isso é poesia... Sheila, seu poema responde a pergunta de muitos: como fazer poesia? De onde vem a inspiração? Bjs!

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