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domingo, 20 de maio de 2012

DESERTIFICAÇÃO



Era verde,
Tornou-se árido.
Solo estéril,
Incapaz de fazer nascer.
Por ali já passaram borboletas
E um rio que ousou desaparecer...
Molhei meus pés naquelas águas,
Que por vezes me fizeram escorregar
No limo que cobria as mesmas pedras,
Que hoje , desnudas, teimam em ficar.
Não ouço o barulho da floresta
Não vejo animais se revelando
Só sinto o cheiro das queimadas
E da fumaça que vou respirando
Quando era bem pequenina,
Bastava fechar os olhos para não ver
Aquilo que não queria,
Ou que me fazia sofrer.
Hoje, já não basta fechar os olhos
É covardia deixar de ver
A natureza que se vai embora
E que não quero e não vou esquecer.

                                       Cristina Ferber


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3 comentários:

  1. O blog sente-se honrado com o comentário de Cristina Lopes e com a contribuição lúcida e consciente de Cristina Ferber.

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