Em Curitiba, Carlos Eduardo
A uma Paineira - Rosa se acorrentou
Determinado a salvá-la da serra
Que sua vizinha chamou.
Paineira, Paineirinha...
Que aborrecimentos causou?
Não sei, me responde ela,
Apenas existo, murmurou.
Imponente árvore frondosa
Ostenta envaidecida flores rosa
Tal qual um ornamento sublime
Majestosa, linda, silenciosa...
Em seus galhos a paineira abriga
Delicados ninhos, com carinho...
Seus frutos revestidos de plumas
Viram travesseiros de passarinhos...
E a serra ameaça a preciosa
Pô-la abaixo, sem demora
Transformá-la em simples fragmento
Atestar por completo o seu desaparecimento.
E quem será o vencedor
Dessa batalha tão cruel?
A serra e o serrador
Ou a Paineira e seu amigo fiel?
Cristina Ferber
Segue o link com a reportagem sobre o assunto pesquisado e versejado pela poetisa:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/03/05/em-curitiba-empresario-se-acorrenta-a-paineira-rosa-de-70-anos-para-impedir-seu-corte.htm
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Cris,
ResponderExcluiré se amarrar à árvore da vida, uma metáfora mais que real.
Arnobio
É mesmo Arnóbio... se amarrando à árvore da vida... Procuramos preservar o que amamos. Precisamos nos agarrar à vida com o que amamos...
ResponderExcluirObrigada pelo comentário!
Fácil de entender a atitude dele quando a gente realmente percebe que a natureza está viva, não é um simples objeto. Admirei a atitude. Minha mãe vendeu um terreno que tinha uma jabuticabeira de 20 anos, dava frutos grandes e bem doces, uma maravilha. A pessoa que comprou cortou a árvore porque dava muita sujeira no chão. Foi de chorar.
ResponderExcluirÈ de chorar mesmo Adri! Tudo por que não querem pegar em uma vassoura? E a natureza segue cheia de poluição que o próprio homem faz! É de chorar!
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