Queria saber como é fazer sexo sem amor,
Ter prazer com alguém que só temos vaidades,
Viajar pelo espaço sem ter o chão amado,
Sentir na carne tremor épico da intimidade?
Queria saber como é olhar nos olhos alheio,
Sentir o gosto da boca por lábios marejados,
Sentir o calor da pele suada e escorregadia,
E viver a realidade depois de terminado?
Queria saber como é ouvir e falar palavras
Que enfatizam paixões dos verdadeiros amantes,
Quando ao final desse ato um punhal se crava
No peito em que mentiras se fizeram relevantes?
Queria saber como é voltar pra casa depois,
Após momentos de romance sem paixão ou amor,
Trazer cheiro impregnado que na pele se pôs
E ignorar a infidelidade sem sentir dor?
Queria saber como é deitar-se em cama macia
Ao lado da pessoa que amamos de verdade
E sem qualquer remorso encostar-se no corpo
De quem não merecia sofrer essa realidade?
Queria saber como é acordar na manhã seguinte
E olhar nos olhos de quem te conduz a vida,
Erguer a cabeça e fingir lealdade infinita,
Diante da canalhice de uma traição maldita?
Não quero mais saber...
Alexandre Taissum
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