Um velho sábio que sabia
Muito mais do que dizia
Sempre tinha uma solução
Pros problemas de então
Aos poucos ele descobria
Como fazer o que surgia
Tinha idéia e a solução
Inventava com precisão
Um velho que mal fazia
Tradução do que escrevia
Mas tinha na sua educação
Boa origem e dedicação
Pra família dava o que podia
Desde que filharada nascia
Tudo o que aprendeu então
E o que guardava no coração
Mas o tempo que lhe surgia
Era demais curto como o dia
E a saúde já não lhe era são
Até que chegou a interrupção
E sua falta passou à agonia
Com saudade que me crescia
Mas nessa vida de conformação
Finjo não sofrer tal corrosão
Mas esse aperto me parecia
Ser comum pro meu dia-a-dia
E venho vivendo nessa ilusão
Sentindo no peito essa pressão
Da falta que eu desconhecia
Da sua presença em cada dia
E desde o dia da sua evasão
Nem me voltou num sonho vão
Querido pai, velho de cria
Me ensinou tudo que sabia
Só não ensinou compreensão
Pra esse golpe na paixão...
Alexandre Taissum
Bonito Sheila.
ResponderExcluirO poema é uma bela homenagem ao seu pai, Alex, e isso nos emociona muito. Você deve ter sido um filho amoroso.
ResponderExcluirQuero deixar a você os parabéns pelo Dia dos Pais.
Grande abraço!
Sonia Salim
Obrigado, Madrinha Sonia!
ExcluirAmoroso não, mas companheiro sim, e muito.
Sempre estava por perto para ajuda-lo a fazer alguma tarefa e com isso, aprendi a fazer muitas coisas.
E depois de velho, sempre pedia que ele consertasse algo a fim de ocupa-lo, ele adorava ser útil.
Sinto-me culpado por ter tomado uma decisão contrária a dele e isso, a meu ver, antecipou sua morte. É um peso que levarei até que chegue o meu fim.
Hoje, dia 12 de agosto, fazem 5 anos de sua morte e para machucar mais, também foi o Dia dos Pais.
Tenho muita saudade dele...