Foto: Marcia Wayna Kambeba |
Que correndo para nadar,
Deparou-se com saci conversando com a sucuri,
Quis ouvir o que falavam e parou para escutar.
O saci preocupado com a morte da Mata Atlântica,
A sucuri desolada, culpada, a fome a fez comer o menino,
Eram tantas tristezas juntas que o boto seguiu seu destino.
Mapinguari o benzedeiro procurava no terreiro
Uma erva para curar tanto mal.
Pião pajé, folha de jucá, invocando o sobrenatural.
Rodopiando apareceu a Matinta,
Que de negra perdeu sua tinta,
Seu vestido se rasgou no galho do pau.
Assustada por ver curupira virar folharau.
E o boto? Ah, invadiu o mundo dos mortais,
Dançou com os racionais,
Chamando para pensar,
No prejuízo causado aos seres sobrenaturais.
Não basta ser real é preciso ser racional,
Disse o boto tucuxi numa mensagem ambiental,
Não jogue lixo no rio, nem lata e nem jornal.
Sinta o aconchego da natureza num abraço maternal.
Marcia Wayna Kambeba
A beleza dos indígenas não está só na pele, mas também na cultura, no saber da natureza e na consciência plena de que a terra é mãe e merece respeito e conservação.
Este poema mostra de forma folclórica, a realidade do que hoje sofre a natureza, a selva e seus habitantes.
By Marcia Wayna Kambeba
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https://www.youtube.com/watch?v=_gq7LY6Z-6U
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