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sábado, 29 de dezembro de 2012

PEITO OPRIMIDO...



O meu peito não engana quando é contido
Num grito ou suspiro, tem que ser ouvido.
Se contido ele aperta comprimido
Devido a pressão de tudo sofrido
E se são sentidos de um amor deprimido,
Sofrerá maltratado de tão oprimido...
Mas um dia, depois de gritar remido,
Certamente sairá desse amor desmedido.

                                       Alexandre Taissum


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IMIGRANTE LUSITANO



Vindo da Lusitânia em nau de imigrantes
Viu espumada sobre as águas toda a distância
Deixou misturarem-se a elas, suas lágrimas
Logo que se viu fora da sua pobre infância

Cruzou o Atlântico por longos dias em pranto
Na incerteza se encontraria dias nebulosos
Só sabia do seu destino por contos falaciosos
Relatados por quem vendia sonhos fabulosos

Ao chegar à baía mais famosa das histórias
Encantou-se com formações estampadas ao fundo
Rochas que se deixavam beijar pelas ondas do mar
Pareceram-lhe como a melhor freguesia do mundo

Depois da quarentena, fincou os pés em solo firme
E procurou seu destino a frente do corpo cansado
Distante de seus pais e da quinta que o sustentou
Ergueu-se aqui, como chofer de ilustre abastado

Dentre muitas histórias e aventuras insólitas
Formou família e estendeu entre nós longa idade
Mas sua lembrança jamais saiu daquela Vila Chã
Onde deixou sua outra família envolta na saudade

E jamais tendo voltado a sua terrinha natal
Chorava as lembranças nítidas do que lá viveu
As lágrimas lhe corriam pela face, olhos abaixo
Seguindo trilhas de rugas que o tempo lhe deu

Saiu aos dezessete anos do seio dos seus pais
Deixando-os com os fardos que também foram seus
E depois da longa vida sem apogeu para comemorar
Destinou suas últimas palavras ao neto seu,
Que sou eu...

                                                         Alexandre Taissum


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MENINA GAUCHINHA



Menina bebê
Linda de se vê
Nascida nos Pampas
Terra de tantas
Pessoas guerreiras
Levadas às beiras
Da sonhada liberdade
Partindo das cidades
Sofridas pelo grande mal
Estendido ao Meridional
Na luta dos Farrapos
Sem muitos aparatos
Deixou-se vencer
Mas não perder
O ideal republicano
Ao contrário do Insano
Imperial explorador
Do suor e da dor...
E Mariana Menina
Gauchinha eficaz
Em sua índole traz
O calor no coração
Tal qual naquela revolução
Chamada de Farroupilha
Erguendo bem ali
A primeira capital
Querida Piratini.

             Alexandre Taissum

*Mariana Menina completa hoje seis meses de idade. Parabéns, minha sobrinha LINDA!


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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ESTRELA GUIA



No meu caminhar encontrei a linda lua
Já era noite e ela parecia estar sozinha
Tentei ver as estrelas, mas sua luz impedia
Eu também estava só, sem companhia
E no escuro, sua luz em tudo refletia
Prateando o chão por onde eu ia
Até chegar onde eu mais queria
Nos braços da minha Estrela Guia...

                                          Alexandre Taissum


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domingo, 16 de dezembro de 2012

SENTIMENTOS DE ENTÃO



Você nem imagina
O quanto se aprofundou
Invadiu meu coração
Furtou minha atenção
Despertou minha paixão
E acordou do sono profundo
Meus sentimentos de então...

Você nem imagina
Do que se apoderou
Ao segurar minha mão
Atando-me com decisão
Nos sonhos da ilusão
Logo a mim, fiel oriundo
Do mundo da razão...

Você nem imagina
Como me conquistou
Usou de boa intenção
A sua ingênua aptidão
Aplicadas com emoção
Que me buscou no mundo
Pra envolver meu coração...

                Alexandre Taissum


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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

OLHOS DE JABUTICABA



Seus olhos passeiam
Em meu rosto
Olhos vivos
Olhos alegres
Olhos de jabuticaba
Tão docinhos
Quanto a melodia
Que canta
Me encanta
Coisa querida
Coisa minha
Gracioso anjo
Nem é natal ainda
E já recebi
O presente
Esse olhar
A me olhar

             Adri Verdi


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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PONTO DE VISTA DE UM CORAÇÃO



Eu, coração
Senti
Seu peito apertado
Envolvido
Em abraços sinceros
Afago
De amizade
Despejei adrenalina
Nas suas veias
No momento
Da despedida
Do reencontro
Incentivei
Gotas cristalinas
A brotarem
Do seu olhar
Pulsarei feliz
Sempre que você
Querer lembrar
Acalmarei silencioso
Sempre que você
Necessitar esquecer.

                   Adri Verdi


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